Diálogo 12 - Ressonância
- Gumm... Tá-CUM!
- Gumm... Tá-CUM!
- Ouve isso?
- Paradas cárdio-vazias
de sons estrios
preâmbulos a sós-nâmbulos loucos insandecidos
por sentimentos moucos de cosméticos
cósmicos mistos, antidepressivos
- Vidas intensas fúrias sem nexo
de letras miúdas sorridas por dentro
trabalham por rezes em vez de sentir
- Às cores primárias
da cozinha à sala
e de cada cor que se pensa ter em cada
grão-semente vívida de felicidade da busca
que forma a primeira para se misturar
às terceiras antes de cair
sozinha, de cara,
no
lixo.
- Escuta a cítara!
- Escuta a semente se abrindo.
- O silêncio.
- Os sentidos são os terceiros primeiros
mínimos desejos crus despidos de
qualquer ordem
ou jeito
- É gente livre de toda a cor
livre dentro de um quadrado
livre da concórdia quando a discórdia vem
tudo de dentro da mesma possibilidade de ação
- Então grita!
Grita de dentro desse calabouço
intestino-institucional de si mesmo
na tentativa de se livrar desse moribundo
doente
de liberdade.
- É como querer água num oásis de areia
e ter que esperar chover pra poder beber
- Sabendo que a chuva depende
de si mesma
e do sol.
- Que no meu caso é uma mente
e um coração.
- Já sei: sensação de busca por um vazio?
- É, mais ou menos; sensação de busca NO vazio.
- ¬¬
- E tem diferença?
- Quando você é o propulsor da prisão de si mesmo
no outro e do outro em si mesmo,
tudo faz e tem diferença.
- Você conhece o território, mas não o RE-conhece mais.
- É porque ele nunca foi meu.
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Diálogo 12
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3 comentários:
Eu tou correndo contigo por isso.
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"Grita de dentro desse calabouço
intestino-institucional de si mesmo
na tentativa de se livrar desse moribundo
doente
de liberdade".
Liberdade pra mim sempre foi a cura.
b.l.
RESPOSTA:
É porque minha liberdade chegou a ponto de inexistir.
Foi castrada.
A partir de então, não vejo mais cura nela.
Acho que a sua nunca foi.
Bom pra vc.
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fel.
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