segunda-feira, 25 de junho de 2007

Vocês têm família, tá? Vocês têm trabalho, tá? Mas vocês não têm progresso nenhum!




Segundo, isso:
Altos índices de violência se mantiveram no Brasil em 2006, devido a problemas nos sistemas de segurança pública, penitenciária e judicial, inclusive com violações sistemáticas dos direitos humanos, segundo o relatório anual da Anistia Internacional publicado essa semana. O relatório denuncia que a tortura "continua sendo generalizada e sistemática", e fala de "dezenas de milhares de mortes relacionadas com armas". Além disso, lembra atuações abusivas da Polícia e violações de direitos no acesso À TERRA, calculando ainda que cerca de 8 MIL PESSOAS estejam em condições de escravidão ou servidão. Sobre o primeiro mandato do presidente Lula, a Anistia Internacional (AI) diz que "se caracterizou pelas abundantes denúncias de corrupção política, procedentes de todo o espectro político". "O envolvimento de funcionários do Estado em atividades ilegais derivou em violações de direitos humanos e num aparente aumento do crime organizado em todo o país", diz o relatório. Porém, o texto ressalta também os programas sociais do Governo, "que permitiram que cerca de 11 milhões de famílias pobres recebessem uma subvenção ao enviar a seus filhos e filhas à escola primária", embora eu não discuta aqui e agora as conseqüências positivas e negativas disso. Enfim. A AI cobra as reformas prometidas do sistema penal, suja ausência "contribuiu para que os funcionários encarregados de fazer cumprir a lei cometessem violações sistemáticas de direitos humanos, como uso excessivo da força, execuções extrajudiciais, torturas e maus-tratos, e dessem mostras de uma corrupção generalizada". O relatório lembra que mais de mil pessoas (807 no Rio de Janeiro e 528 em São Paulo) morreram em confrontos com a Polícia, que classificou os incidentes como "resistência seguida de morte". As situações, no entanto, "parecem indicar" em muitas casos uso excessivo da força ou execuções extrajudiciais. A AI lembra o surgimento em São Paulo de uma facção criminosa nascida nas prisões, a resposta policial com a morte de "suspeitos" e as denúncias de homicídios "no estilo dos esquadrões da morte" em diversos estados. Sobre a situação das prisões, a AI destaca o aumento da população carcerária e um investimento econômico e político insuficiente. Um exemplo da "quebra do sistema" é o fato de que 1.600 presos, entre eles doentes e feridos, permaneceram durante vários meses num pátio com espaço para 160 pessoas, enquanto era reconstruída a prisão de Araraquara em SP. O relatório calcula que milhões de pessoas sofrem privações sociais e econômicas por terem sido privadas do acesso à terra e À MORADIA. O problema "continua sendo um foco de violações de direitos humanos", inclusive despejos, ataques a ativistas agrários ou contra a construção de represas, movimentos de ocupação de imóveis urbanas e conflitos com povos indígenas. A AI cita números da Comissão Pastoral da Terra quando se refere ao cálculo de 8 mil pessoas foram submetidas a condições equivalentes à escravidão ou servidão. Os defensores de direitos humanos "continuam sendo alvo de ameaças e ataques", segundo a AI e segundo percebemos cotidianamente. O relatório lembra ainda o assassinato em 1987 do jesuíta espanhol Vicente Cañas, que trabalhava na defesa dos povos indígenas. Dois supostos assassinos foram julgados 19 anos depois, mas o tribunal, que confirmou que houve assassinato, absolveu os réus devido a erros na investigação.
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Agora, não creio como alguém ainda consegue direcionar e/ou relacionar culpa à maioria das pessoas pobres que roubam, matam e/ou trazem a violência pra sociedade!
Maior violência a sociedade oferece - além de não dar muita alternativa de escolha - pra essas pessoas. Isso é só uma resposta, que, ao meu ver, já vem tarde, e ainda não tá nem no começo... A tendência é piorar.
E você ainda pode até vir me dizer: "sim, mas e as pessoas inocentes que não culpa e sofrem com essas consideradas transgressões? A gente não têm culpa de nada pra sofrer com isso". Aí é que tá o engano. Você, eu, todos nós somos a SOCIEDADE. Se ela tá do jeito que tá, a culpa não é de mais ninguém que além de minha, sua, dele e dela. Não adianta se trancar, se blindar ou se escconder. A culpa é de todo mundo, e cedo ou tarde, a violência vai chegar em você.
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Um comentário:

Rafael disse...

Se existe algo de positivo dentro dessa avalanche de informações, muitas vezes fragmentadas ao extremo, a que está sujeita a nossa sociedade contemporânea, é a de poder receber mensagens de lugares onde jamais estariamos, e de perceber retradada no microcosmo de um vídeo (por exemplo) a íris de uma sociedade..